Yamaha R3 é boa? Vale a pena comprar em 2024?

Apesar das linhas esportivas e das soluções técnicas inspiradas nos modelos maiores da Yamaha, a YZF-R3 destaca-se como uma opção esportiva para uso diário. Já testamos essa pequena esportiva com seu motor de dois cilindros paralelos, 321 cm³ e 42 cavalos de potência, exclusivamente na pista. Agora, exploramos seu desempenho nas ruas e estradas para avaliar sua praticidade no dia a dia.

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A Yamaha R3

Com um preço inicial de R$ 19.990 (versão STD) e R$ 22.590 para a opção com freios ABS, a R3 conquistou boas vendas, considerando a queda nas vendas de motos. Lançada em setembro, a pequena esportiva tem registrado aproximadamente 300 unidades vendidas mensalmente, chegando perto da meta da Yamaha de vender 400 unidades. Contudo, a grande pergunta é: ela realmente se destaca como uma boa escolha para o cotidiano? Vamos descobrir.

Na cidade

Na cidade, a R3 mostra-se ágil e fácil de pilotar, não decepcionando no trânsito. Mesmo com seu torque máximo de 3,02 kgf.m disponível apenas aos 9.000 rpm, o motor da Yamaha responde prontamente a partir dos 5.000 rpm, proporcionando torque e potência de maneira progressiva. Nas vias congestionadas dos grandes centros urbanos, a moto se movimenta com desenvoltura em quarta/quinta marchas, otimizando os regimes médios. Ao utilizar a quinta marcha a 4.000 giros, a pequena esportiva japonesa mantém com facilidade a velocidade de 55 km/h.

O que realmente chama atenção é a eficiência do câmbio de seis marchas, com escalonamento bem distribuído e engates precisos. O desempenho notável em baixas e médias rotações, juntamente com a potência em altas rotações, são resultados dos pistões forjados, mais leves, herdando características das superesportivas maiores da marca.

chassi

O chassi da R3 é construído com tubos de aço, adotando a configuração tipo Diamante, onde o motor integra parte da estrutura. Com um peso de 179 kg na versão com ABS, em ordem de marcha, a moto reforça sua filosofia de ser uma esportiva leve para o cotidiano.

No entanto, alguns pontos negativos merecem destaque, como a posição dos espelhos retrovisores da Yamaha, que ficam na mesma altura dos retrovisores dos carros, por vezes dificultando a mobilidade urbana. No consumo urbano, alcançamos uma média de 22 km/l, considerada boa para a categoria, embora ainda não atinja modelos mais econômicos.

Outro detalhe a ser observado é que a R3 não oferece muitas comodidades para o passageiro, ao contrário de outras esportivas. A ausência de uma alça para o garupa e a falta de pontos de fixação para bagagens são pontos negativos. Para quem busca praticidade no dia a dia, será necessário recorrer a uma mochila ou instalar um bauleto, o que, convenhamos, comprometeria a estética dessa pequena esportiva.

Na estrada

Na estrada, após enfrentar a agitação do trânsito caótico de São Paulo durante a semana, decidimos testar a Yamaha R3 no Complexo AutoBan, composto pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, conectando a capital ao interior do Estado. Com um asfalto em boas condições, pistas desimpedidas e mantendo sempre a sexta marcha, o motor da moto gradualmente ganhava força: 80 km/h (5.000 rpm), 95 km/h (6.000 rpm), 110 km/h (7.000 rpm), 125 km/h (8.000 rpm). Até os 9.000 rpm, ainda há torque suficiente para acelerações extras e ultrapassagens seguras na estrada.

Para atingir a potência máxima de 42 cv, é necessário levar o motor quase aos 11.000 rpm. Em uma aceleração máxima, a pequena esportiva da Yamaha alcança 170 km/h, tudo isso sem surpresas desagradáveis, sem solavancos, demonstrando suavidade e incorporando a filosofia dos modelos maiores, como as superesportivas R6 e R1.

Ao percorrer quase 300 km na estrada, registramos um consumo médio de 28 km/l. O consumo instantâneo variou entre 21 km/l e 39 km/l, conforme indicado em tempo real pelo computador de bordo no completo painel. O tanque possui capacidade para 14 litros, proporcionando uma autonomia que pode ultrapassar os 400 km, embora isso dependa consideravelmente do estilo de pilotagem.

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Ergonomia e ciclística

Quanto à ergonomia e ciclística, a pequena esportiva R3 proporciona conforto ao piloto. O assento é amplo e possui uma espuma de boa densidade. As pernas se encaixam de maneira confortável entre o tanque e a carenagem, enquanto os semiguidões e a mesa em alumínio, mais elevada, contribuem para uma experiência de pilotagem agradável. Esses elementos confirmam sua versatilidade como uma esportiva para uso diário e uma companheira confiável nas estradas. No entanto, vale ressaltar que as pedaleiras estão posicionadas de forma recuada, seguindo o estilo racing.

Na parte dianteira, a moto conta com garfo telescópico de 41 mm de diâmetro, oferecendo 130 mm de curso, e freios a disco flutuante de 298 mm de diâmetro, com pinça de dois pistões. Já na traseira, a balança alongada, equipada com monoamortecedor de 125 mm de curso, apresenta ajuste na pré-carga da mola. O sistema de freios inclui um disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de pistão único. Na unidade avaliada, ambas as rodas contam com o sistema de freios ABS, proporcionando maior segurança.

Na prática, o conjunto revelou-se extremamente estável e equilibrado, absorvendo de forma eficiente as imperfeições do piso. Um destaque notável recai sobre o sistema de freios. Ao contrário de outros modelos de baixa e média cilindradas da Yamaha, a R3 apresenta um sistema de freios que merece elogios, proporcionando frenagens seguras e eficazes. A presença do sistema ABS na unidade testada acrescentou uma camada adicional de segurança, transmitindo confiança e tranquilidade ao piloto.

Os pneus de perfil esportivo e construção radial, Metzeler Sportec ME Interact, nas medidas 110/70-R17 (dianteira) e 140/70-R17 (traseira), destacaram-se pela excelente aderência, permitindo aproveitar ao máximo as curvas mais desafiadoras, conforme a proposta da R3. Além disso, esses pneus contribuíram para manter o conjunto equilibrado e auxiliaram na absorção de impactos.

É Boa?

Em comparação direta, a principal concorrente da Yamaha YZF-R3, a Kawasaki Ninja 300, também possui um motor de dois cilindros paralelos, porém com capacidade cúbica ligeiramente menor, totalizando 296cc. A Ninja 300 atinge uma potência máxima de 39 cv a 11.000 rpm e um torque máximo de 2,8 kgf.m a 10.000 rpm. No entanto, o motor da R3 se destaca pela entrega de respostas mais imediatas, visto que o torque surge em estágios mais iniciais.

Graças às suas características mecânicas e ciclísticas, a Yamaha YZF-R3 surge como uma escolha sólida para quem busca algo diferenciado, apresentando um design agressivo que sugere uma moto de maior porte. A moto se destaca na condução urbana, proporcionando fluidez, e também se revela uma excelente companheira em viagens.

Demonstrando estabilidade nas retas, a R3 lida com curvas de maneira precisa e esportiva. Portanto, ela pode ser considerada uma esportiva adequada para o uso diário, oferecendo um nível de conforto satisfatório, embora apresente algumas limitações em termos de praticidade.

O Foco da R3

A Yamaha R3 é uma excelente escolha para aqueles que são entusiastas do “estilo speed” e estão ingressando no mundo das motocicletas esportivas. Pode servir como a primeira moto de alguém e até mesmo como meio de transporte, desde que sejam considerados alguns pontos importantes:

  1. Custos de Manutenção: Além dos custos de revisão, é crucial lembrar que o uso diário pode acarretar um desgaste mais rápido das peças, sendo necessário ponderar sobre os custos das peças de reposição.
  2. Necessidade de Transportar Garupa: Como acontece com muitas esportivas, o assento do garupa pode não ser confortável. Se a necessidade de transportar um passageiro com frequência existe, a R3 talvez não seja a melhor opção como meio de transporte.
  3. Necessidade de Transportar Bagagem: Muitas pessoas precisam levar diversos itens consigo, como roupas para a academia, material de faculdade, etc. Isso pode demandar o uso de baús. Embora não haja problema em ter um baú em uma moto esportiva, esteticamente pode não ser a escolha mais atraente.

Além disso, a Yamaha R3 é destinada para aqueles que desejam se aventurar em pistas. Se a intenção é ter uma moto para uso em circuitos, participar de cursos e track days, a R3 é uma excelente opção em comparação às motos de maior cilindrada, como as de 600cc ou 1000cc. Certamente, com a R3, a diversão está garantida.

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Vale a Pena?

Ao sentar-se na motocicleta, é envolvido por uma sensação de familiaridade, como se toda a vida tivesse sido pilotada uma R3. Impossível é deixar de sorrir debaixo do capacete; aqueles que dirigem uma dessas experimentam felicidade.

A palavra que define essa moto é “Divertida”. Andar na R3 é uma experiência extremamente prazerosa. Além do desempenho excepcional, é uma motocicleta que suscita orgulho ao pilotar, destacando-se pela sua beleza. Um mini ensaio foi realizado na Avenida Paulista, sucumbindo à irresistível vontade.

É uma motocicleta que pode ser adquirida por iniciantes e utilizada como meio de transporte, desde que considerados os custos de manutenção. Certamente, a R3 é uma motocicleta que seria incluída na garagem do usuário.

Por Fim…

Quem a pilota encontra uma afinidade instantânea, proporcionando não só desempenho excepcional, mas também um orgulho genuíno ao conduzir uma máquina tão bela.

Seja você um novato à procura da primeira moto ou um entusiasta experiente, a R3 tem algo a oferecer.

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Acompanhe-nos para mais conteúdo emocionante e curta as fotos a seguir. A estrada está à espera, e a Yamaha R3 é a companheira perfeita para cada curva e reta.

Fotos da Yamaha R3

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Detalhes da Yamaha R3

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Pierre Barros Sou Pierre Barros, apaixonado por velocidade e motos desde criança. Nasci em Recife/PE mas me mudei para São Paulo ainda na adolescência, me formei em Fotografia pelo SENAC e em Gestão Financeira na UNIP. Meu hobby favorito é escrever sobre o universo duas rodas (quando não estou andando de moto, claro). Atualmente tenho duas motos, uma Scooter Honda ADV para o dia a dia e uma Kawasaki Ninja 1000 para acelerar nos finais de semana.
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