Suzuki Intruder 125 é boa? Vale a pena comprar em 2024?

A compacta Suzuki Intruder 125 (GN125) mantém seu status como uma das preferidas para customização no Brasil, mesmo não sendo mais produzida. Sua simplicidade, manutenção fácil e custo baixo a tornam uma opção econômica para quem busca uma moto personalizada.

Com um preço acessível, disponibilidade de peças, mecânica resistente, visual estiloso e a facilidade de customização, a Suzuki Intruder 125 destaca-se no nicho das motos custom. Essa fórmula única, aplicada em um segmento geralmente caracterizado por modelos maiores e mais caros, contribui significativamente para o sucesso da motocicleta. Mas será que em 2024 ainda vale a pena compar uma Intruder 125? Vmaos conferir!

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A Intruder

A Intruder original se destaca como uma cruiser clássica, apresentando aros de tamanhos diferentes na frente e atrás, um tanque projetado para cima e um banco rebaixado, típicos de um quadro custom. Essas características demandam alterações mais elaboradas para transformar a moto visualmente em uma cafe racer. Não é surpreendente que as Intruders modificadas por aqui não tenham meio-termo; ou recebem melhorias excepcionais com um trabalho minucioso na moto, ou se transformam em verdadeiros Frankensteins sobre duas rodas.

A versão 125 foi a última da linha Intruder a chegar ao país, em 2002, sendo também a menor e mais acessível das customs da marca. Inspirada nas estradeiras maiores, como as 250 (à venda aqui de 1995 a 2003), 800 (1994 a 2003) e 1400 (1994 a 2001), a Intruder 125 faz parte de uma família que inclui a Intruder LC 1500, vendida de 1999 a 2005, com uma proposta mais cruiser e menos chopper, mas essa é uma história diferente.

Vamos voltar à pequena Intruder. Uma curiosidade é que, no Brasil, ela recebeu o nome de Intruder, mas foi lançada no exterior muito antes de chegar aqui, em 1982. Na maioria dos países, era comercializada como Suzuki GN 125, sem a carga do nome ‘Intruder‘.

O modelo se destacava nas ruas pelo estilo único em comparação às concorrentes street, como a Honda CG 125 e a Yamaha YBR 125. Afinal, a Suzuki apresentava um visual custom e uma inspiração setentista, com paralamas em aço e muitos cromados. Além disso, o ângulo da suspensão dianteira dava a impressão de que a moto era mais longa, lembrando as chopper. Apesar de todo esse estilo, ainda era uma moto street, ágil, econômica e de fácil manutenção.

A Suzuki Intruder 125 teve um tempo para conquistar o coração dos brasileiros. Por conta de seu estilo único, por vezes era vista como antiquada e ultrapassada, em vez de ser reconhecida como um clássico custom. O sucesso só veio por volta de 2007, impulsionado pelo crescimento do mercado brasileiro e por atualizações feitas na moto.

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Com adição de novas opções de cores, o motor de quatro tempos, monocilíndrico e refrigerado a ar da Suzuki Intruder 125 recebeu melhorias nas borboletas e na calibragem do carburador. Essas alterações resultaram em um ganho de 1 cv na potência final do propulsor de 124 cm³, elevando-a para 12,5 cv a 9.500 rpm. Além disso, o torque total foi disponibilizado 500 rpm mais cedo, aumentando de 0,82 kgfm para 1,19 kgfm a 8.000 rpm.

Na prática, isso significa que a Intruder 125 ficou consideravelmente mais ágil, especialmente com o aumento significativo de 45% no torque. Além disso, a introdução do sistema de redução de emissão de poluentes, chamado de PAIR, foi um passo importante. Essas alterações mecânicas foram cruciais para reduzir as dificuldades nas retomadas de velocidade do modelo, proporcionando também uma maior eficiência no consumo. A propósito, em nosso teste, a moto registrou uma média de consumo acima dos 35 km/litro.

Em 2012, a Suzuki Intruder 125 passou por aprimoramentos mecânicos para atender às normas de emissões do Promot 3. O modelo recebeu um novo carburador Mikuni BS25 com TPS (sensor de posição da borboleta do acelerador) e um sistema de escape com catalisador.

Como resultado, houve uma redução nos números de potência e torque. A potência diminuiu de 12,5 cv a 8.500 rpm para 11 cv a 9.000 rpm, e o torque passou de 1,19 kgfm a 8.000 rpm para 0,98 kgfm a 7.000 rpm. Desde então, a Intruder 125 permaneceu no mercado sem mudanças significativas até ser descontinuada em maio de 2017. Foi assim que deu lugar à Haojue Chopper Road 150, também importada pela J. Toledo.

É Boa?

Como mencionamos anteriormente, a Intruder 125 conquistou o mercado principalmente por seu estilo, tornando-se uma opção viável para quem desejava uma moto custom sem gastar grandes quantias de dinheiro. Além disso, seu design simples permite uma variedade infinita de personalizações, incluindo a utilização de peças exclusivas.

Outro aspecto positivo reside na solidez do conjunto, abrangendo desde o motor simples e confiável até as peças em aço, uma característica diferencial em comparação com a maioria das motos nesta faixa de cilindrada e preço, que frequentemente utilizam plástico. Para concluir, o consumo é bastante satisfatório, ficando em torno de 35 km/litro na cidade e próximo aos 40 km/litro em velocidade constante.

Entretanto, sua principal desvantagem encontra-se no desempenho do motor, considerado apenas aceitável para uma moto de 125 cm³ e abaixo das expectativas que a proposta custom pode sugerir, especialmente se a intenção é transformá-la em uma cafe racer. Além disso, embora a manutenção seja fácil e as peças sejam acessíveis, elas não têm um custo tão econômico quanto em outras motos da mesma categoria, como é o caso da Honda CG, é claro.

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Vale a Pena Comprar em 2024?

Confiável, personalizável e econômica. A Suzuki Intruder 125 continua sendo, sem dúvida, uma excelente escolha para os aficionados pelo estilo custom. Não é incomum encontrar admiradores da Intruderzinha entre os entusiastas desse nicho.

Dessa forma, uma unidade bem conservada pode ter um valor significativo no mercado de motos usadas. Além do preço, é importante ficar atento ao nível de customização da moto desejada, pois muitas passaram por alterações extremas no conjunto. De acordo com a FIPE, o modelo de 2002 possui um preço médio de modestos R$ 1.946, enquanto o valor médio cobrado por um modelo de 2016 é de R$ 6.963.

Por Fim…

Sua presença marcante no cenário das motos usadas reflete sua durabilidade e atratividade entre os entusiastas.

Se você aprecia a autenticidade desse clássico sobre duas rodas, uma Intruderzinha bem cuidada pode ser uma escolha acertada.

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Fotos da Suzuki Intruder 125

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Detalhes da Suzuki Intruder 125

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Pierre Barros Sou Pierre Barros, apaixonado por velocidade e motos desde criança. Nasci em Recife/PE mas me mudei para São Paulo ainda na adolescência, me formei em Fotografia pelo SENAC e em Gestão Financeira na UNIP. Meu hobby favorito é escrever sobre o universo duas rodas (quando não estou andando de moto, claro). Atualmente tenho duas motos, uma Scooter Honda ADV para o dia a dia e uma Kawasaki Ninja 1000 para acelerar nos finais de semana.
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